Hoje, cabelos brancos, muitos nem os tenho mais e as decepções da vida aos quarenta; lá se vão cinco casamentos, dois filhos que não conheço e nem criei e a orfandade. Que saudades eu tenho dos meus pais, mesmo pra brigarem comigo ou me dizer que eu era um bobão... ah, que saudades...
Hoje a ganäncia dos parentes próximos de sangue fizeram meus boizinhos de manga e meus carrinhos de plástico virar realidade nas garagens deles e nas roças também. Amargo uma triste, porém feliz por ainda ter, a pensão do INSS e vou levando a vida assim meio que dizendo que é meu estilo; na realidade, poucas opções e as marcas de bons tempos no Banco que meus punhos, clavícula e a coluna trazem pra sempre em nervos despedaçados e na lembrança de pessoas adoecidas pelo medo do mundo.
Ainda assim vou levando a vida ou ela vai me levando; nem bois de verdade, nem carros, nem muitos sonhos difíceis; apenas poder ter onde dormir e o que comer nos dias que virão; mas a bobagem nos ensinou a dizer que podia ser pior..., tem gente pior..., pior e na guerra...
Na realidade minha maior saudade de ser criança é que não pensva além dos limites internacionais dos muros de nosso quintal...
ESCULTURA EM CASCA DE MELANCIA E FOTO RONALDO E. COELHO
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