sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

MINHA PRIMEIRA COLCHA DE RETALHOS ...

É a primeira vez que faço uma costura tão boa e simplesmente bela; costurei algumas faces que amo em pedacinhos de minha vida a quem clamo... Retalhos não se usam mais, raro de se ver, caiu de moda ou a mídia destruiu; agora é um tal de "pathwork", acho que é assim mesmo que se escreve pois sou contra estrangeirismos em nosso País...
Fato é que retalhos são pedaços de pano de uma manga encurtada, de um bolso de camisa, de uma barra de calça, da camisola encurtada pela nubente, dos restos de fazenda que uma costureira usa, daquela bandeira do time do coração que foi rasgada e que a gente não quer jogar fora; pedaços que ainda valem a pena...
Nesta minha primeira colcha de retalhos da minha vida de agora e de muito longe, reuni pessoas que ainda estão entre nós perambulando por aí e aqui no meu coração mas, reuni também pessoas que estão agora só em minhas lembranças e em meu coração; todos estes pedacinhos de gente são pessoas que fizeram e fazem parte de minha história e quero que façam por mais muitos e muitos anos, mesmo depois que eu também embarcar neste expresso sobre os trilhos do além pra estação de sabe-se lá onde...
Apenas pedaços de uma vida que, se bem vivida ou não, estas pessoas dirão!
TEXTO, MONTAGEM E FOTO RONALDO E. COELHO

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

NA BEIRA DO MAR...



Na beira do mar a onda bate na praia,

eu escrevi seu nome na areia

e acreditei que minha canoa fosse pra nunca mais voltar...

O sol vai brilhar amanhã de novo e eu vou te reencontrar

você é minha sereia e eu vou sorrir

pra sempre juntos podermos ficar...

FOTO E TEXTO RONALDO E. COELHO

FLORES DO SEU JARDIM...

MINHA MÃE ENTOAVA UMA CANTIGA DE RODA DA ÉPOCA DELA MENINA, MAIS OU MENOS ASSIM...


FUI AO JARDIM DE FLORES...


NÃO SEI QUAL ESCOLHEREI...


ESCOLHA A QUE FOR MAIS BELA


E COM ELA ME CASAREI...


...

EM UMA OUTRA O CRAVO


BRIGAVA COM A ROSA E TEMPOS


DEPOIS ATÉ UMA QUE DIZIA DO


PERFUME DE TODAS AS ROSAS


QUE ERA IGUAL A DOCE


PRESENÇA DO SEU AMOR...



DAS FLORES QUE PLANTEI UMA

BROTOU, MARIA HELENA ÉS A

PEQUENA QUE...


ACHO QUE HERDEI ESTE GOSTAR POR FLORES DA MINHA
MÃE QUE ADORAVA AS FLORES E EM ESPECIAL AS ROSEIRAS




FOTOS E TEXTO RONALDO E. COELHO

UMA CASA, UMA HISTÓRIA...

Nunca mais os passos no assoalho de tábuas da rua Das Flores em Capelinha
Nunca mais a meia porta da tenda onde vovô fazia lamparinas e latas de assar entortadas com seus alicates, rebatidas com seus martelos e soldadas com a ajuda de seu fole que não me lembro...
Nunca mais os caminhos de renda de bilros na mesa da sala e o longo corredor pros quartos de dormir dando na varanda enorme; talvez nem era tão enorme assim, eu é que era pequeno de mais...
Nunca mais meu avô reclamando do trote altivo e animalesco de nós, seus netos, pelos corredores de assoalhos de tábua e escada de madeira que descia pro quintal...
Nunca mais a preta Ana na beira da fornalha, descalça e sofrida com os olhos em brasas a soprar suas cinzas...
Nunca mais tantos sonhos de menino de poucas lembranças e as heranças da vida de outrora feliz e da família grande onde era e sou eterno aprendiz.
Mas agora e sempre a lembrança registrada e imortal das letras de histórias ouvidas e vividas, verdade, algumas esquecidas mas; registro e dou fé.
O desenho é mais novo, feito pelo irmão que embarcou no trem do tempo eterno bem antes de Vovó, Tiana, Vovô, Pai, Mãe e as curvas do vento de um tempo que alento e tento, de verdade tento e não consigo esquecer.
Não sei se isto é bom ou ruim mas pra mim é fato e conto no ato lembrando do som da batida na lata e o cheiro de pavio de lamparina queimado, lá no fundo o café coado e a negra Ana com um canto entoado, baixinho e chiado...
Nunca mais uma casa, nunca mais uma história, nunca mais uma Rua; nunca mais meus sete anos de colo e viagens... TEXTO E FOTO RONALDO E. COELHO
DESENHO NANQUIM SOBRE PAPEL DE RODOLFO CÉSAR FILHO ARTISTA PLÁSTICO E MEU IRMÃO FALECIDO EM 1981

OCEANO...

Muita coisa este oceano já presenciou e encantou muita gente com sua beleza e força; acreditem, ele é testemunha dos tempos desde que mundo é mundo e, esta história de sertão virar mar e mar virar sertão pode até ser... sei não... sei lá...

Quando a gente vê pela primeira vez, escuta os urros noturnos dele, sente o cheiro forte de liberdade e o sopro quente da humanidade; é verdade, marzão, que loucura... e o danado é mesmo salgado... Só indo até lá dentro e molhando os pés ou gargarejando com a salmoura; será que é mesmo verdade que ele também muda de cor...

Mas pelo amor de tudo que há de mais sagrado, que danado que enche e esvazia e a gente não vê onde derrama; será que depois daquela linha tem uma queda d'água...

Ëta, que mundão d'água, sö... bem dizia meu avô que foi de Minas a São Paulo a pé e nele não botou o pé...

Ah... será que ainda tem gente que não acredita em sereia ou Iemanjá ou que o mar não pode seca...

Pode não, pode não sio... o negócio é contempla, contempla e ajuda a não seca sem nada do fundo dele arranca...
Cuida de lá que eu cuido de cá pra o mundo melhora...
Ëta marzão bão sio...

FOTO E TEXTO RONALDO E. COELHO

SERRA QUE PODIA SER A DA BOA ESPERANÇA...

Você que ainda pode, mesmo que seus pais não cantem nem toquem, converse com eles juntos, você, seu pai, sua mãe, seus irmãos; acredite, isto é muito bom e faz muito bem e a hora é agora, o dia é hoje e o momento é já!



TEXTO E FOTO RONALDO E. COELHO

BEM ME QUER...


Quem nunca brincou na inconsciente destruição da natureza de despetalar flores e acreditar que o resultado vai trazer seu bem querer...
Nossos sentimentos, emoções e ações são na maior parte das vezes guiados pelo estímulo emocional que aludimos ao coração por ser um símbolo de vida e a bomba matriz do corpo humano vivo, daí traduzirmos a emoção ao lermos um belo texto com estímulos de tato; ou arrepiamos, sentimos calafrios ou estímulos de sensação; ou choramos ou sorrimos e nosso cérebro fica feliz ao receber estes estímulos e produz bons combustíveis para nosso corpo e desta forma, para nossa alma também.
Sou destas pessoas que quando está em casa sem nada fazer, inventa como por exemplo esta foto; havia dado flores para minha mulher, estava no fim desta garrafa de vinho e a máquina fotográfica estava a mão; reunidos emoção, bons pensamentos, a vista maravilhosa do Atlântico que tenho de minha varanda, tempo pra acreditar em sonhos e na beleza das flores e meu instinto de artista auto didata, vejam que bela foto... sinceramente uma das mais bonitas que já fiz em quarenta e um anos de existência aqui nesta passagem.
Onde quero chegar com esta baboseira toda pra muitos; nosso tempo deve ser aproveitado com coisas boas, que façam bem ao corpo e ao espírito e que possam levar alguma mensagem que não prejudique ao mundo, mesmo que seja o nosso mundinho...
Olhe bem pra esta foto, sinta o frescor destas margaridas, sinta a brisa do mar vindo da direita, o vento nos cabelos e na pele e alcance outro estado de espírito e de elevação; acredite, a beleza das flores e nossos sonhos ainda vão salvar o mundo!
TEXTO E FOTO RONALDO E. COELHO

JANELA A ZU...


De uma janela como esta meu irmão viu o mundo passar a sua frente e sua vida mudar de repente...
Viu gente sorrindo, subindo e fugindo; viu seu tempo de Sá Anas e Tianas, Zezés e Bulés...
Por trás do vidro suado por sua respiração ofegante pode ter tido, acuado a Lua, sua paixão constante...
Nas gotículas de chuva que escorriam da sua janela azul, Zu via partículas de sua história se encaixando qual luva e os pensamentos que fugiam pra sua tela; sua imensa e inesquecível tela azul do menino licuri, dos burros da feira, do sino da Matriz, de um lugar mais ao sul... mudou pra BH e até o pilão velho foi posto por Zé Soié e o coité da medida, a farinha, o feijão de corda, o litro o mel e a rapadura... acabou-se fartura, sonhos, janela azul, feira com cerca a sua beira, Merindas, Divas, Vós e os filhos agora tão sós...
De uma janela como esta sinto saudades de doer na alma, palma da mão que nem a calma singulariza estes plurais dos sentimentos meus e nossos de outrora, porque agora, nesta hora; onde estará Mariazinha, meu primeiro amor e o primeiro amor de tantos Zus, Lus, Tus e Iuius; onde andará Mariazinha e nós, igual a toda a meninada e não mais jogos de botões pelas calçadas porque éramos de verdade felizes e não sabíamos e mesmo que soubéssemos, o relógio gira, o tempo passa e como disse alguém por aí, " a fila anda"...
Esta é mais uma simples homenagem a você, Zu, de sua, nossa, Janela Azul...
TEXTO E FOTO RONALDO E. COELHO

DE PONTO EM PONTO...


De ponto em ponto, de cor em cor a safadeza de menino homem foi deixando surgir desejos secretos de quem estava descobrindo o corpo, o mar e seus encantos da canoa aos peixes, das meninas nuas as marés, da rede que hoje sei que fez e faz mal ao mundo num voo de meio ambiente melhor e ainda possível de se encontrar nesse arco-íris de imagens que nos vem pelo rádio em suas ondas; esses mesmos pontos que pra mim são estes porque pontilharam sempre bem junto de mim e a cada grão como de areia fui juntando desejos, sentimentos, medos também e entendi que eu podia pintar meu mundo com as cores que eu quisesse mesmo que os que formam conceitos antecipados e sem reflexão achassem diferente do que estavam e estão acostumados, mesmo que não exista canoa dessa ou daquela cor, mesmo que o mundo não caiba numa folha de ofício e mesmo que nós, hoje, estejamos vestidos de hipocrisia e orgulho...
TRABALHO EM PONTILHISMO, FOTO E TEXTO RONALDO E. COELHO

AMOR...


Nunca imaginei que fosse amar de novo e de uma forma tão bonita, mais até do que da primeira vez que achei que fosse a última...
Nunca entendi o que tinha a ver o amor com o desejo, a libido, a sexualidade, as pernas tremendo; um dia de uma piscada chamada flerte numa varanda desejei tocar e sentir o cheiro de uma mulher e como bicho no cio, misturando tudo, meus membros falaram mais alto e foi mais duro do que a vida e o grito do gozo gostoso daquele encontro e aí eu amei e entendi...
Tá tudo junto, arte, desejo, beleza, prazer, tesão, vontade, pele, toque,cheiro, gosto, suor, lágrima, virilha, olhar, ver e enxergar...
Amar, amor, ardor, calor, flor, dor...
A planta mais bela do mundo e mais erótica e sensual sem esquecer de ser sexual do mundo pra mim é a flor, seja ela qual for porque é como uma mulher que me hipinotiza ao primeiro olhar, me atrai pelo cheiro, me deixa fascinado ao mais simples toque e me arrepia quando sinto suas pétalas com os lábios com a virilha macia e suave da fêmea amada e a beleza que é de cada dia e de vez em quando adormece pra depois voltar mais linda ainda...
FOTO E TEXTO RONALDO E. COELHO

ERÓTICO...


O corpo é o esconderijo da alma e a roupa é a vergonha da pele...
ESCULTURA EM ARGILA CRUA E FOTO RONALDO E. COELHO

CIDADE CIDADÃO...


Barulhão, poluição, ladrão, carrão, caminhão, avião, cão, televisão...
Saberão vocês desta construção que causou este barulhão...
Acharão vocês esta pessoa que trouxe esta poluição...
Encontrarão vocês o que este ladrão roubou...
E aquele político corrupto que saiu do carrão...
E o lixão das ruas que vai pelo caminhão...
O ar se enche de sons vindos de um avião que passa...
Nos quintais o cão ladra em sinal de que é são...
Estas notícias todas estarão na televisão e dirão assim - O ladrão do político saiu de seu carrão que faz muita poluição depois que desceu do seu avião que fez um barulhão e assustou o cão que foi tudo isto parar num furacão chamado cidadão...



FOTO E TEXTO RONALDO E. COELHO

SACANAGEM DE MENINO...






Contava para meus sobrinhos e seus amigos outro dia na porta da casa deles como era na minha época da idade deles; nada de tënis da moda caro, roupas de marca, cueca e namorada. Tënis era quixute, roupas era das sobras de fazendas das freguesas de minha Mãe ou ganhadas e usadas dos colegas do Vital, cuecas, só depois que já tinha responsabilidade ou emprego e começava a namorar.
Pois sim, na escola e mesmo na rua era difícil brincarmos sem cuecas pois sempre estávamos nos movimentando muito e volta e meia, esbarravamos nas bundinhas das meninas meio que sem querer e a coisa ficava dura e aí era só esticar a blusa de malha pra tampar ou ficar agaixadinho, quietinhos num canto até o sangue esfriar; problema é que volta e meia não aguentávamos e jorrava o leitinho da vida e a roupa ficava toda engomada e era surra na certa ao chegar em casa ou, jogávamos terra, lama, o que fosse pra dizer que caimos e assim sujamos a roupa e tinhamos de lava-la mas, a surra era igualmente a mesma. Não sabíamos o que era pior, apanhar porque sem querer relamos uma coleguinha e a coisa ficou dura, cair e sujar a roupa e fazer um roxo ou engomar a roupa e apanhar pela safadeza...
As menisa também não usavam calcinhas e usava-se muita sia e vestido com muitas anáguas e aí a gente aproveitava... eu era tão igënuo que fazia uma cabaninha com meu cobertor na cama de cabeceira alta e ia bater punheta achando que meus irmãos do lado de fora não sabiam o que estava fazendo e, era terrível bater punheta e não poder esporrar com medo de sujar tudo e apanhar; masturbação e ejaculação foram nomes que vieram depois ao nosso vocabulário, não tínhamos esta informação de hoje e esta abertura, tudo era muito feio, muito proibido e muito, com certeza muito, muito mais gostoso do que hoje.
Contei a eles também dos cinemas, de pegar na mão, de namorar, sair juntos, ir a festas e dançar música lenta; sarrar e ficar de pau duro até esfolar a cabeça do pobre...
Como era boa esta época onde não se falava de sexo com os pais e nem os pais com os filhos mas existia respeito nos lares, não se faziam abortos como se troca de camisa mas as igrejas ainda eram lugares de silëncio e reflexão e não estes mercadões como hoje, não se transava antes de certa idade mas viviamos cada idade e aproveitavamos cada fase e não eramos por isso, tão neuróticos e sem história como os de hoje, não podíamos nada mas tínhamos a obrigação de poder cada coisa em seu lugar e em sua época e acima de tudo a obrigação de ser feliz e ser família, ser sentimento, gente, vizinhos, comunidade e Cidade...
Nossa sacanagem era meramente uma descoberta proibida que muitas vezes feita de forma errada e nas ruas, nas casasdos colegas e nos gabinetes de diretorias das escolas porque quase sempre nossos pais, ocupados e preocupados com o pão, não tiveram a sorte, a chance e a coragem de perguntar o que era sacanagem e o que era verdade; o que é sacanagem e o que é necessário...
Sacanagem mesmo é uma igreja se meter a ser contra métodos contraceptivos e não criar os filhos da falta de estrutura porque agora as missas são resadas de frente e na língua pátria e os pastores sempre puderão se casar e viver de seus rebanhos de cegos de espírito...
Não adianta dizer que não tem a ver, hoje sei que a única razão de nossa existëncia, a mola que molve este planeta e a nós todos é única e exclusivamente o sexo, o desejo de um ser por outro ser; sem preconceito e sem barreiras, só vivendo e deixando viver esta sacanagem de menino.





FOTOS E TEXTO RONALDO E. COELHO

SAUDADES DE SER CRIANÇA...

Quando a gente era criança, imaginava que seria tudo muito lindo e a vida uma eterna brincadeira com as únicas coisas sérias; minha fazenda com meus boizinhos de mangas pequenas espetadas por palitos em lugar de patas ou mesmo a pavimentação com carvão de minhas ruas da cidade imaginária onde feliz brincava de desembarcar e embarcar carrinhos de plástico coloridos, frutos da renda e do trabalho com os bois da fazenda... ah, eu era muito feliz e nunca imaginei que este sonho fosse ter fim...
Hoje, cabelos brancos, muitos nem os tenho mais e as decepções da vida aos quarenta; lá se vão cinco casamentos, dois filhos que não conheço e nem criei e a orfandade. Que saudades eu tenho dos meus pais, mesmo pra brigarem comigo ou me dizer que eu era um bobão... ah, que saudades...
Hoje a ganäncia dos parentes próximos de sangue fizeram meus boizinhos de manga e meus carrinhos de plástico virar realidade nas garagens deles e nas roças também. Amargo uma triste, porém feliz por ainda ter, a pensão do INSS e vou levando a vida assim meio que dizendo que é meu estilo; na realidade, poucas opções e as marcas de bons tempos no Banco que meus punhos, clavícula e a coluna trazem pra sempre em nervos despedaçados e na lembrança de pessoas adoecidas pelo medo do mundo.
Ainda assim vou levando a vida ou ela vai me levando; nem bois de verdade, nem carros, nem muitos sonhos difíceis; apenas poder ter onde dormir e o que comer nos dias que virão; mas a bobagem nos ensinou a dizer que podia ser pior..., tem gente pior..., pior e na guerra...
Na realidade minha maior saudade de ser criança é que não pensva além dos limites internacionais dos muros de nosso quintal...





ESCULTURA EM CASCA DE MELANCIA E FOTO RONALDO E. COELHO

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

O OLHAR...

Olhar desconfiado, safado, discreto; meu olhar...
Não sei muito onde olhar quando quero me olhar e não é no espelho não; coração
Olhar de criança, da herança e de uma lembrança...
Não posso confiar e deixar passar o olhar alheio sem saber ao que veio; satisfação
Olhar de medo, desejo, raiva, chateação; emoção de um momento e o sentimento...
Olhar, pra que olhar e lembrar; deixa passar, deixa pra lá
Olhar, ver, enxergar, procurar, apontar, fitar; encontrar ou só olhar...
Olhar...
Olha...
Olho...
O olhar que olha o olho e o olho que olha o olhar; o espelho reflete o flerte do olho que olha o olhar no espelho da alma e na calma o reflexo convexo da ambliopia vulgar do homem que olha safado, desconfiado, discreto, coração, herança, criança, satisfação mas; olhar que olha o olho pra dentro de si dentro do espelho que espelha o olho que olha o côncavo convexo sem nexo ou plexo complexo no sexo que é o olhar; faço sexo com o olho, sim, de verdade!



TEXTO E FOTO RONALDO E. COELHO

Literaturalcobaceana...

Entender o que vem a ser morar e escrever em Alcobaça, pode parecer complicado mas na verdade, morando aqui a gente entende.
Esta correria pra correr pra se fazer nada e ao mesmo tempo esta calma pra parar de fazer tudo e, em primeiro, ver o mar, o ar e as estrelas...
O Atlantico me permite este tempinho de maresia e a calmaria na alma, pra quem esta em Alcobaça...
Lugar bom, igual no Brasil nunca vi ou senti, desde que pueril e as ondas que como num funil, dom da vida e vida pra um som deste mar de anil...
Alcobaça com todas as graças, letras, areias, pernas e caras, seios e meios. Sem meias palavras e o clima de vida, sol, lida e mesmo se chove...
Alcobaça dos rios de alem mar, dos fios que vem de longe trovador buscar e entoar num canto este encanto pelo Rio, Mar., este lugar...


TEXTO, QUADRO E FOTOS RONALDO E. COELHO