terça-feira, 1 de janeiro de 2008

REENCONTRO...

Quando me alistei e fui ao quartel para os exames médicos reencontrei dois colegas da Vital Brasil; Láucio e o Márcio Régis. Sempre é assim, né, pra diferenciar sempre colocamos o sobrenome dos nomes que tinham mais de um na sala.
Estes dois foram de uma época boa também com o Luís Henrique de Paula, gravei e guardei por estes anos todos este nome porque Ele era meu inimigo estudantil número um; bagunceiro, pornográfico, tarado, nojento mesmo mas, muito inteligente. Só tirava notão...

Nunca gostou muito de mim como citei e nestas épocas éramos colocados sempre nos mesmos grupos de trabalhos e ele protestava - com este carinha eu não faço, com ele eu não fico - e, não tinha muita escolha nem conversa mole com Mr. Green, nosso querido Limírio, professor de português e Inglês. Limírio dizia - aprendam na vida de vocês duas coisas; tomar água no copo e café na xícara - assim conseguirão organizar o resto e, outra coisa - quem pode manda quem tem juízo obedece - aí pronto, o Luís tinha que me engolir.

Mas acho que Luís não gostava muito de mim porque eu era muito certinho, muito honesto, muito dedo duro e não gostava como, até hoje não gosto de mentiras de jeito nenhum; feliz ou infelizmente é verdade... Aquela mania de tudo ter que ser como manda as regras, o figurino, sabe...

Pois então, estava ali eu, sempre aquela pedra nos sapatos do Luís.

Nunca mais vi, citei apenas porque lá no quartel conversamos entre nós e nos lembramos dele.

O Márcio Régis estava bem, cabelo bem penteado e físico atlético e uma pinta que chamava a atenção do lado direito sobre a boca bem feita e o pinto proporcional ao corpo bem esculpido e moreno claro, já o Láucio que era ruivo, meio decaído, barrigudinho e branquelo na pele, cheio de sardas e não crescera muito e seus pelos enferrujados escondendo seu carimbo de pinto não ajudavam em nada e eu, até que estava como dizem, legal, inteiro; nunca fui forte mas também nunca me deixei decair muito no físico e sempre fui muito punheteiro, só implico com minha pouca barriga que teima em querer ficar; até hoje.

Aquela situação constrangedora, os caras da PE punham os peladões, todos enfileirados, como estas coisas de filme de guerra e faziam as maiores sacanagens com os caras mais bobões. Tinha um PE pretinho que era o mais sacana e ficava anotando as medidas e pesos de quem passava por ele e, na hora de Láucio ele fez piada com a cor dos pelos e o pintinho - olha que mocinha mais linda, que "pintão", fiquei até de pau duro... o Láucio começou a querer chorar e um outro PE chegou e acabou com a farra.

Não sei se ainda é assim hoje, mas se for deveria ser mudado pois degrada e agride muito a privacidade e a intimidade das pessoas; lembro que um ou outro era de uma tal religião que não podiam ficar nus na vista de outras pessoas e aí foram separados e levados pra outro lugar. Mas, é mera exposição e humilhação, como já me disseram que é nos testes da Militar e em outros do gënero. Quer dizer, já espantam as pessoas de cara.

Ele foram dispensados por excesso e eu que era CPOR peguei mas me colocaram pra fazer serviço de escritório e, de fato eu queria era a experiência e pegar o físico bom do treinamento de quartel e, com pouco tempo pedi pra sair...

Foi experiência, com certeza!

TEXTO E FOTO RONALDO E. COELHO

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