sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

A MALDADE ESTÁ NAS CABEÇAS OU NAS PONTAS DOS SEIOS DAS NÁDEGAS...

Quando ouvimos um xingamento, um dito PALAVRÃO, um nome de um órgão sexual vulgarizado, uma gíria ou mesmo um diálogo regional, podemos julgar que a coisa é de baixo calão, chula, recalque e que não tem a anuência do ouvinte, do leitor ou do assistente expectador; maioria das vezes o mau juízo está em nós mesmos, em nossas CABEÇAS!...



Exemplo disto são as imagens abaixo, fotografadas e montadas por mim e que enumero, logo após as mesmas, um sem fim de adjetivos e substantivos ou adjetivos substantivados ou vice e versa...









ASSÉDIO, ABDOMINAL, ANCA, AMOR, ARDOR, AGUÇAR, AIDS, BEIJO, BICHA, BOA, BOCA, BOCHECHA, BORBOTÃO, BUSTO, CARETA, CARECA, CÓPULA, COLO, CACETE, COMER, CINTURA, DOTE, DEDO, DILETANTE, DESCOCO, DURO, DESPUNDONOR, DIVO, EMBAIR, ERÉCTIL, ESPERMA, ERÓTICO, ESBELTO, ESFREGAR, ESPOREAR, FODA, FEMININO, FLERTAR, FETICHISMO, FORNICAÇÃO, FRADEIRO, FRIGIDEZ, GOSTOSA(O), GATA(O), GAY(ALEGRE), "G", GARANHÃO, GAMETO, GENE, HETERO, HOMOGAMIA, HÍMEN, HISTEROGRAFIA, HIPERDOTADO, HIPNÓTICO, HUMORAL, IRA, IRRESISTÍVEL, INOCÊNCIA, INTIMIDADE, IRRACIONALIDADE, IDADE, IGNORÂNCIA, JUVENTUDE, JOGO, JOELHO, JEGUE, JURA, JORRO, JOGO, LÁBIO, LIBIDO, LIGA, LAMBER, LOUCURAS, LINDA, LISO, MAMILO, MÃO, MORDIDA, MULHER, MEMBROS, MOÇO, MACIO, NUDEZ, NUCA, NÁDEGAS, NOSTALGIA, NINFETA, NUTRIR, NAVEGAR, ÓPIO, ORNAR, ÓRGÃO, OLHO, ORGIA, ÓSCULO, OLHAR, PRAZER, PUDOR, PÉNIS, PELE, PAIXÃO, PÉS, PORNOGRÁFICO, QUERER, QUOTIDIANO, QUARTO, QUADRIS, QUEIXO, QUENTE, QUARENTÃO, ROSTO, RISO, RAPAZ, RAPARIGA, RESSUPINO, RÍGIDO, RELAXAR, SEIOS, SORRIR, SEDUZIR, SONHAR, SAGAZ, SAFADEZA, SUTIL, TARA, TÓRAX, TUDO, TORAR, TIMIDEZ, TENTAÇÃO, TESÃO, UNHADAS, UMBIGO, ÚTERO, UNIÃO, UNIVERSO, ÚNICO, USAR, VOZ, VADIAGEM, VENTRE, VIRILHA, VIRGINDADE, VULVA, VERTIGEM, XINGAR, XAIREL, XAVECAR, XETA, XENOFOBIA, XODÓ, XERETAR, ZÉFIRO, ZOMBAR, ZANZANDO, ZOÓIDE, ZORRA, ZONA, ZIGOTO...

Cuidado, nem tudo o que vemos é o que parece ser e nem tudo que somos é o que parecem estar vendo...

Quem de nós nunca teve um sonho pornográfico ou um pensamento erótico ou um momento de sexo carnal, que atire a primeira pedra!


HORA DE SOLIDARIEDADE...



VAMOS TODOS AJUDAR O HOSPITAL SÃO BERNARDO EM ALCOBAÇA A CONTA DE POUPANÇA NA CAIXA É 105-8 CARITAS ARQUIDIOCESANA E A AGËNCIA É 2166 ALCOBAÇA DOIS REAIS QUE CADA PESSOA QUE ENTRAR NESTE SITE OU SIMPLESMENTE AQUELAS MOEDAS DE TROCO DE SEUS PAGAMENTOS QUE DEPOSITAR, JÁ AJUDA E MUITO...COLABORE, O HOSPITAL É NOSSO!...
***

TEXTO E FOTOS RONALDO E. COELHO

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

REENCONTRO...

Quando me alistei e fui ao quartel para os exames médicos reencontrei dois colegas da Vital Brasil; Láucio e o Márcio Régis. Sempre é assim, né, pra diferenciar sempre colocamos o sobrenome dos nomes que tinham mais de um na sala.
Estes dois foram de uma época boa também com o Luís Henrique de Paula, gravei e guardei por estes anos todos este nome porque Ele era meu inimigo estudantil número um; bagunceiro, pornográfico, tarado, nojento mesmo mas, muito inteligente. Só tirava notão...

Nunca gostou muito de mim como citei e nestas épocas éramos colocados sempre nos mesmos grupos de trabalhos e ele protestava - com este carinha eu não faço, com ele eu não fico - e, não tinha muita escolha nem conversa mole com Mr. Green, nosso querido Limírio, professor de português e Inglês. Limírio dizia - aprendam na vida de vocês duas coisas; tomar água no copo e café na xícara - assim conseguirão organizar o resto e, outra coisa - quem pode manda quem tem juízo obedece - aí pronto, o Luís tinha que me engolir.

Mas acho que Luís não gostava muito de mim porque eu era muito certinho, muito honesto, muito dedo duro e não gostava como, até hoje não gosto de mentiras de jeito nenhum; feliz ou infelizmente é verdade... Aquela mania de tudo ter que ser como manda as regras, o figurino, sabe...

Pois então, estava ali eu, sempre aquela pedra nos sapatos do Luís.

Nunca mais vi, citei apenas porque lá no quartel conversamos entre nós e nos lembramos dele.

O Márcio Régis estava bem, cabelo bem penteado e físico atlético e uma pinta que chamava a atenção do lado direito sobre a boca bem feita e o pinto proporcional ao corpo bem esculpido e moreno claro, já o Láucio que era ruivo, meio decaído, barrigudinho e branquelo na pele, cheio de sardas e não crescera muito e seus pelos enferrujados escondendo seu carimbo de pinto não ajudavam em nada e eu, até que estava como dizem, legal, inteiro; nunca fui forte mas também nunca me deixei decair muito no físico e sempre fui muito punheteiro, só implico com minha pouca barriga que teima em querer ficar; até hoje.

Aquela situação constrangedora, os caras da PE punham os peladões, todos enfileirados, como estas coisas de filme de guerra e faziam as maiores sacanagens com os caras mais bobões. Tinha um PE pretinho que era o mais sacana e ficava anotando as medidas e pesos de quem passava por ele e, na hora de Láucio ele fez piada com a cor dos pelos e o pintinho - olha que mocinha mais linda, que "pintão", fiquei até de pau duro... o Láucio começou a querer chorar e um outro PE chegou e acabou com a farra.

Não sei se ainda é assim hoje, mas se for deveria ser mudado pois degrada e agride muito a privacidade e a intimidade das pessoas; lembro que um ou outro era de uma tal religião que não podiam ficar nus na vista de outras pessoas e aí foram separados e levados pra outro lugar. Mas, é mera exposição e humilhação, como já me disseram que é nos testes da Militar e em outros do gënero. Quer dizer, já espantam as pessoas de cara.

Ele foram dispensados por excesso e eu que era CPOR peguei mas me colocaram pra fazer serviço de escritório e, de fato eu queria era a experiência e pegar o físico bom do treinamento de quartel e, com pouco tempo pedi pra sair...

Foi experiência, com certeza!

TEXTO E FOTO RONALDO E. COELHO

AS RECORDAÇÕES, RETRATOS DE UM TEMPO...



Quando era da sexta série no colégio Padre Eustáquio tinha uma professora de inglês loira muito brava a Aparecida e um grande amigo que desde então nunca mais vi, o Roberto Damasceno muito mimado e que chorava a toa. Também tinha o Marcos Vinicio; fazia questão de frisar que era Marcos Vinicio com "ó" e não Marcus Vinicius como os outros...

Mas a história é que eu era bom de inglês e sempre acabava as tarefas antes e sentávamos de duplas, aquela coisa de mapa de sala e este Roberto sentava comigo e eu tentava ajudá-lo mas a professora desta vez viu e deu a maior dura. Roberto começou a ficar vermelho, vermelho - bom, na realidade ele ficou roxo pois tinha uma cor morena bonita - e aí começou a chorar e a Aparecida dizia lá da frente. Que gracinha, o bebê chorão e a turma toda ciu na risada; Ele ficou tão nervoso que fez xixi nas calças não quis sair da sala na hora do recreio e nem quis que eu ficasse com ele.

O Marcos Vinicio que era muito amigo dele também, primeiro até do que eu e morria de ciúmes da minha amizade com Ele e tinha ido naquela semana ao programa da Tia Dulce tentou ajudar também mas, o menino estava desconsolado que até soluçava de tanto engolir pranto.
Ainda com o uniforme de educação física e a blusa da Colégio nos ombros, só esfregava a blusa na cara pra tentar esconder as lágrimas e quanto mais fazia, mais chorava.
Outro que foi da minha turma foi o Rodrigo covinha que foi meu colega de desabafos durante muito tempo; tinha poucos amigos e gostava de ir pra casa dele na rua Anchieta pra conversar até tarde. Via que seus pais que ainda são muito criteriosos se incomodavam com eu sair dali tarde e sozinho, mas era assim...
Uma vez inventamos de ir dar a volta na lagoa da Pampulha só nós dois de manhanzinha e saimos ainda com escuro e bem frio. Ele vestiu uma cueca que era de seu irmão mais novo e quanto mais a gente corria mais ele dizia que a cueca tava esmagando seus bagos e brincava - "com este frio aqui fora e quentes como estão minhas bolas se eu puzer a mão nelas agora vai sair até fumaça e vão murchar na hora..." - ele sempre foi muito dado a falar safadezas, muito inteligentes e levado, conseguia ver putaria em tudo - num desenho que fiz uma vez de um rosto ele disse que o nariz estava parecendo um pinto, sem saber.. - mas era uma pessoa sensacional e, deve ser até hoje; depois disso o vi uma ou duas vezes e da última me disse que ia se casar.Recentemente vi seu pai numa missa na igreja do Padre Eustáquio mas não deu pra falar com ele.
Rodrigo uma vez levou a mim, Washington, Gustavo, Cláudio e um outro que não me lembro agora pra jogar basquete em sua casa - a desculpa era fazer um trabalho não sei de quê - e depois lanchamos, alguns se banharam. Ele tem um irmão que era seminarista e hoje deve ser padre ou quem sabe até desistiu da empreitada, né... Ele comentava que seu irmão ainda tinha dúvidas quanto aquela escolha. E o mais novo, o da cueca, ele não gostava muito que ficasse com a gente não; eles dois eram como cachorro e gato nesta época.

Bons tempos aqueles onde nossa preocupação era em tentar enamorar as meninas e mostrar nossa qualidades como bons jogadores de basquete, bons alunos e bons companheiros de escola; existia uma camaradagem diferente de hoje.

Sinto saudades destes que citei e de outros como o Beck, a Renata, a Zélia, a Patrícia, a Simone, o Nonato, e outros tantos que depois falo deles...

Ah, se eu pudesse voltar no tempo e reescrever esta história destes meus companheiros, destas nossas saídas, dos nossos jogos de basquete e völei nas quadras do parque das Mangabeiras, nossos lanches, a casa de Gustavo que era lonnnnge com aquela vidraça colorida alegre e seu irmão Cristiano me jogando aviões cheios de papel picado quando íamos estudar lá. Ah..., se eu pudesse...

Cada um pra um canto, um curso, uma vida; todo mundo sumiu e poucos se lembram da gente ou, se se lembram nem estão aí. Mas foi um tempo memorável pra mim, um tempo bom de mais pra esquecer só porque estou com quarenta e cheio de cabelos brancos e ainda idéias mal acabadas.

Ah, se eu pudesse...
TEXTO E FOTO RONALDO E. COELHO

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

MINHA PRIMEIRA COLCHA DE RETALHOS ...

É a primeira vez que faço uma costura tão boa e simplesmente bela; costurei algumas faces que amo em pedacinhos de minha vida a quem clamo... Retalhos não se usam mais, raro de se ver, caiu de moda ou a mídia destruiu; agora é um tal de "pathwork", acho que é assim mesmo que se escreve pois sou contra estrangeirismos em nosso País...
Fato é que retalhos são pedaços de pano de uma manga encurtada, de um bolso de camisa, de uma barra de calça, da camisola encurtada pela nubente, dos restos de fazenda que uma costureira usa, daquela bandeira do time do coração que foi rasgada e que a gente não quer jogar fora; pedaços que ainda valem a pena...
Nesta minha primeira colcha de retalhos da minha vida de agora e de muito longe, reuni pessoas que ainda estão entre nós perambulando por aí e aqui no meu coração mas, reuni também pessoas que estão agora só em minhas lembranças e em meu coração; todos estes pedacinhos de gente são pessoas que fizeram e fazem parte de minha história e quero que façam por mais muitos e muitos anos, mesmo depois que eu também embarcar neste expresso sobre os trilhos do além pra estação de sabe-se lá onde...
Apenas pedaços de uma vida que, se bem vivida ou não, estas pessoas dirão!
TEXTO, MONTAGEM E FOTO RONALDO E. COELHO

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

NA BEIRA DO MAR...



Na beira do mar a onda bate na praia,

eu escrevi seu nome na areia

e acreditei que minha canoa fosse pra nunca mais voltar...

O sol vai brilhar amanhã de novo e eu vou te reencontrar

você é minha sereia e eu vou sorrir

pra sempre juntos podermos ficar...

FOTO E TEXTO RONALDO E. COELHO

FLORES DO SEU JARDIM...

MINHA MÃE ENTOAVA UMA CANTIGA DE RODA DA ÉPOCA DELA MENINA, MAIS OU MENOS ASSIM...


FUI AO JARDIM DE FLORES...


NÃO SEI QUAL ESCOLHEREI...


ESCOLHA A QUE FOR MAIS BELA


E COM ELA ME CASAREI...


...

EM UMA OUTRA O CRAVO


BRIGAVA COM A ROSA E TEMPOS


DEPOIS ATÉ UMA QUE DIZIA DO


PERFUME DE TODAS AS ROSAS


QUE ERA IGUAL A DOCE


PRESENÇA DO SEU AMOR...



DAS FLORES QUE PLANTEI UMA

BROTOU, MARIA HELENA ÉS A

PEQUENA QUE...


ACHO QUE HERDEI ESTE GOSTAR POR FLORES DA MINHA
MÃE QUE ADORAVA AS FLORES E EM ESPECIAL AS ROSEIRAS




FOTOS E TEXTO RONALDO E. COELHO

UMA CASA, UMA HISTÓRIA...

Nunca mais os passos no assoalho de tábuas da rua Das Flores em Capelinha
Nunca mais a meia porta da tenda onde vovô fazia lamparinas e latas de assar entortadas com seus alicates, rebatidas com seus martelos e soldadas com a ajuda de seu fole que não me lembro...
Nunca mais os caminhos de renda de bilros na mesa da sala e o longo corredor pros quartos de dormir dando na varanda enorme; talvez nem era tão enorme assim, eu é que era pequeno de mais...
Nunca mais meu avô reclamando do trote altivo e animalesco de nós, seus netos, pelos corredores de assoalhos de tábua e escada de madeira que descia pro quintal...
Nunca mais a preta Ana na beira da fornalha, descalça e sofrida com os olhos em brasas a soprar suas cinzas...
Nunca mais tantos sonhos de menino de poucas lembranças e as heranças da vida de outrora feliz e da família grande onde era e sou eterno aprendiz.
Mas agora e sempre a lembrança registrada e imortal das letras de histórias ouvidas e vividas, verdade, algumas esquecidas mas; registro e dou fé.
O desenho é mais novo, feito pelo irmão que embarcou no trem do tempo eterno bem antes de Vovó, Tiana, Vovô, Pai, Mãe e as curvas do vento de um tempo que alento e tento, de verdade tento e não consigo esquecer.
Não sei se isto é bom ou ruim mas pra mim é fato e conto no ato lembrando do som da batida na lata e o cheiro de pavio de lamparina queimado, lá no fundo o café coado e a negra Ana com um canto entoado, baixinho e chiado...
Nunca mais uma casa, nunca mais uma história, nunca mais uma Rua; nunca mais meus sete anos de colo e viagens... TEXTO E FOTO RONALDO E. COELHO
DESENHO NANQUIM SOBRE PAPEL DE RODOLFO CÉSAR FILHO ARTISTA PLÁSTICO E MEU IRMÃO FALECIDO EM 1981

OCEANO...

Muita coisa este oceano já presenciou e encantou muita gente com sua beleza e força; acreditem, ele é testemunha dos tempos desde que mundo é mundo e, esta história de sertão virar mar e mar virar sertão pode até ser... sei não... sei lá...

Quando a gente vê pela primeira vez, escuta os urros noturnos dele, sente o cheiro forte de liberdade e o sopro quente da humanidade; é verdade, marzão, que loucura... e o danado é mesmo salgado... Só indo até lá dentro e molhando os pés ou gargarejando com a salmoura; será que é mesmo verdade que ele também muda de cor...

Mas pelo amor de tudo que há de mais sagrado, que danado que enche e esvazia e a gente não vê onde derrama; será que depois daquela linha tem uma queda d'água...

Ëta, que mundão d'água, sö... bem dizia meu avô que foi de Minas a São Paulo a pé e nele não botou o pé...

Ah... será que ainda tem gente que não acredita em sereia ou Iemanjá ou que o mar não pode seca...

Pode não, pode não sio... o negócio é contempla, contempla e ajuda a não seca sem nada do fundo dele arranca...
Cuida de lá que eu cuido de cá pra o mundo melhora...
Ëta marzão bão sio...

FOTO E TEXTO RONALDO E. COELHO

SERRA QUE PODIA SER A DA BOA ESPERANÇA...

Você que ainda pode, mesmo que seus pais não cantem nem toquem, converse com eles juntos, você, seu pai, sua mãe, seus irmãos; acredite, isto é muito bom e faz muito bem e a hora é agora, o dia é hoje e o momento é já!



TEXTO E FOTO RONALDO E. COELHO